A morte te dá boas-vindas

Capítulo 2

 

a morte te dá boas-vindas

 

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No momento em que seu grito fica mais grave, surge um brilho intenso em seu peito, iluminando o local. Dessa vez, não era um delírio. Valdo sente como se algo estivesse perfurando o seu corpo, mas não consegue explicar a sensação. Uma lembrança do antigo cabo de bronze vem à sua mente, mas o que ocorreu em seu passado é completamente diferente do que aconteceu agora. Os bombeiros, estarrecidos com o que acabara de presenciar, ficam sem saber o que está acontecendo. A única ação que podem fazer é tentar acalmar o garoto, mas com o caos que estava no bairro, isso era quase impossível.

O capitão dos bombeiros olha para os demais e faz um sinal para retirarem o garoto, a fim de evitar um trauma maior. A única solução era afastá-lo do corpo de sua mãe. A estatura dos bombeiros, em comparação com a do garoto, era diferente, mas a força muscular dele mudou. O bombeiro chefe se aproxima. Valdo para em pé e observa Dona Teresa, seu peito está brilhando. O chefe segura no ombro do garoto, mas no primeiro momento ele se esquiva e consegue se desprender, tentando chegar mais perto do corpo sem vida de sua mãe. Na segunda tentativa, não conseguem segurar o garoto. Ele empurra o bombeiro chefe que se aproximou, com apenas uma mão, como se não fosse nada, e é arremessado contra o carro de bombeiros.

impacto do corpo do bombeiro batendo no carro fez com que os outros olhassem para o garoto com preocupação. O único pensamento em suas mentes era evitar que ele machucasse mais alguém, já que aquele continua sendo um lugar perigoso, mesmo com a dor de ter perdido alguém querido. Mais dois bombeiros tentam segurar o garoto, mas não estão sendo páreo para sua força. Porém, quando o quarto bombeiro se posiciona e também o agarra. Valdo, sem energia devido ao tempo em que pedalou contra o vento e a forte chuva, desaba sem forças. Por um momento, toda a destruição que havia acontecido era mínima. Para Valdo, tudo aquilo já não importava mais. A única coisa que importava naquele momento era provar que aquilo não estava acontecendo, que sua mãe não estava morta.

 

O tempo e o espaço param

Nesse pequeno instante, surgem dois homens vestidos com batina preta, calça da mesma cor e sandálias de rabicho. A única coisa que se destacava no momento nas duas figuras eram os seus crachás brancos, presos cuidadosamente do lado esquerdo, próximos a um pequeno bolso. Se não fosse pelo fato dos crachás estarem presos, não se teria a ideia daquele detalhe. Um dos homens segura um cajado e começam a andar pela destruição causada por aquela tempestade.

Em seus crachás, seus codinomes eram Apolo e Atlas. Apolo, aparentando ter 30 anos, uma barba grande, alto, careca e sem sobrancelhas, se aproxima cuidadosamente de Valdo. Ao olhar para aquela cena em que a equipe de bombeiros tenta segurá-lo, fala com uma voz tentando ser mais suave.

– Esse garoto acabou de perder a mãe. – afirma Apolo ao verificar o corpo na maca. – O que ele deve estar sofrendo? Atlas, com aparência de ser mais velho, cabelos longos e brancos, barba longa e branca, seus olhos com um tom levemente prateado, não piscavam por um momento sequer, estarrecido com aquela cena… Seus olhos permaneciam totalmente imóveis, ele observava o brilho de um poder diminuindo na direção da antiga fábrica. Depois, olhando com mais detalhes para o garoto que estava sendo imobilizado pelos bombeiros, sentiu outro poder vindo de Valdo.

Pela primeira vez, sua expressão de indiferença por tudo que estava acontecendo se transformou, com a experiência de que aquele tipo de cenário era comum, mas após verificar… não era. Tudo era fruto de energia negra. Com um leve movimento, ele se aproximou de Valdo e trocou o cajado que estava em sua mão direita, passando a mão na cabeça do garoto.

Sua expressão facial voltou a regredir para o estado anterior, com uma voz grave e melancólica, seu tom de voz se tornou perigoso para os humanos que o ouvissem, podendo fazer com que perdessem a consciência, e para as pessoas mais fracas, o som que saía de sua boca poderia causar a morte. Atlas gritou, com espanto em sua voz. Isso não pode ser! Não era para isso acontecer! Como não pude ver isso antes? Apolo fica sem entender. O que não era para estar acontecendo? – pergunta, sem entender o motivo de Atlas ter feito aquela pergunta, e grita para o seu colega: – Calma, senhor! O espanto nos olhos de Atlas fica nítido. Esse ser não era para estar aqui. O que fizeram com esse garoto? – pergunta em voz alta, com o medo em sua voz, e se questiona. – Como eu nunca percebi. Ele não era o 4º? Questiona Apolo.

 

A raiva e o medo são nítidos nas expressões de Atlas.

– Não podemos deixá-lo vivo, ele seria muito perigoso para os planos de Deus. Senhor! – Apolo pensa por um momento nas primeiras palavras que o velho na sua frente falou. – Como assim não era para estar aqui? – questiona, tentando obter informações de Atlas. Você nunca gostou desse garoto – afirma Apolo suspeitando das verdadeiras intenções do seu colega. – É por isso que o senhor quer o matar? – Matar? Não, meu velho colega. Matar isso seria muito misericordioso. Nós vamos apagar sua existência, vamos eliminar cada fragmento disso para que ele não possa reencarnar de nenhuma maneira. Você viu aquele ser que estava no telhado, você prestou atenção. Como você o descreveria? – perguntou Atlas para seu parceiro. Como posso descrever para você, como início das “revelações”, como uma besta, que veio para obliterar a humanidade, se aproveitar do caos, de tudo, para espalhar o verdadeiro mal – descreve o primeiro pensamento da pergunta de Atlas. Exatamente, vai começar o início do fim e a resposta para que isso aconteça como nas escrituras e eliminar esse garoto. Eliminar agora mesmo. Atlas, com o movimento como se estivesse segurando um florete, levanta seu cajado para enfiar no coração de Valdo. Antes que seu movimento seja finalizado, uma luz forte para ao lado de Atlas, segura o cajado e fala: – Não é assim que as coisas vão acontecer.

Atlas coloca mais um pouco de força para que seu cajado possa ser cravado no coração de Valdo, mas ele não consegue. Então, era você que estava protegendo esse garoto de nós, você nos traiu? – pergunta ainda sem acreditar naquela situação. Digamos que eu tenho grandes planos para esse garoto, totalmente diferentes dos do nosso pai, e depois de tudo que passei, vocês não vão me atrapalhar. A humanidade está montando sua defesa. Com um estalar de dedos, aquele ser faz Atlas e Apolo desaparecerem. O tempo volta e Valdo continua sem forças no chão, após lutar desesperadamente para estar perto do corpo já sem vida de sua mãe. Agora, nesse momento, ele é apenas mais um garoto comum, que acaba de se tornar órfão.

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